Doutora em Comunicação e Semiótica, pós-doutora em Comunicação e Cultura e Analista Junguiana, pesquisadora e professora de Psicologia Analítica, Comunicação e Teoria Crítica da Mídia. Astróloga na linha transpessoal. Dedicou-se nas últimas décadas aos estudos sobre teoria do imaginário e da imagem, empatia, mimese, teoria do mito, estudos do feminino, teoria dos vínculos e resiliência. Possui uma série de publicações que podem ser acessadas nos links indicados na página inicial.
Imaginação e dimensão simbólica da imagem
PALAVRAS-CHAVE: IMAGEM; NARRATIVIDADE; SÍMBOLO; IMAGINAÇÃO.
O presente artigo propõe uma reflexão acerca da relação entre imagem simbólica, narratividade e imaginação, tratando das consequências do esvaziamento simbólico da imagem na sociedade mediática. A partir de uma discussão bibliográfica e teórica, aponta para as relações existentes entre narratividade e imagem nas sociedades arcaicas, analisando esse processo de esvaziamento e propondo o resgate da imaginação como uma poderosa estratégia de resistência e criatividade emancipadora. PALAVRAS-CHAVE: IMAGEM; NARRATIVIDADE; SÍMBOLO; IMAGINAÇÃO.
CONTRERA, M. S.. Imaginação e dimensão simbólica da imagem. REVISTA LATINOAMERICANA DE CIENCIAS DE LA COMUNICACIÓN, v. 15, p. 1-10, 2019
O zumbi no imaginário mediático: Zumbi e Pulsão de Morte na Sociedade Mediática
PALAVRAS-CHAVE: Imaginário; Sociedade Mediática; Inconsciente Coletivo; Morte; Contágio Psíquico ; Zumbi.
RESUMO: Este trabalho investiga, por meio dos estudos do Imaginário, a figura do zumbi tão amplamente propagada pelos meios de comunicação na contemporaneidade(1932 a 2018). A pergunta que este artigo responde é: o zumbi seria metáfora de alguma questão humana contemporânea?Se sim, o que essa metáfora tem nos proposto a refletir? Para tanto, realizamos uma coleta de dados quantitativos por meio da ferramenta Google Trends, e também, de produtos mediáticos (seriados, filmes e jogos),premiados ou não. Além disso, buscamos por notícias e fatos que possuem a mesma temática afim de evidenciar sua curiosa relevância também na área jornalística. Então, investigamos as recorrências da figura do zumbi, buscando identificar como ela se constrói, desde sua origem na mitologia até os produtos mediáticos, evidenciando as semelhanças e as diferenças de suas manifestações. Como referenciais teóricos para análise do corpus, utilizou-se, entre outros, as contribuições teóricas de Edgar Morin, Gilbert Durand, Ana Taís Portanova Barros, Carl Gustav Jung e Jorge Gonzalo, que revelaram uma relação entre a constelação imaginária da figura do zumbi e o que se poderia considerar uma pulsão de morte igualmente constelada pela sociedade mediática.
CONTRERA, M. S.; TORRES, L. . O ZUMBI NO IMAGINÁRIO MEDIÁTICO: Zumbi e Pulsão de Morte na Sociedade Mediática. E-COMPÓS (BRASÍLIA), 2018. DOI: https://doi.org/10.30962/ec.1599
Études de l’imaginaire : l’initiation en tant que méthode
Imaginário; método; intuição; símbolo.
Cet essai tente de réfléchir sur les difficultés de méthode imposées au chercheur qui souhaite entreprendre une recherche sur l’imaginaire. On part du postulat que, dans le sillage de Gilbert Durand, les études qui supposent la préséance de l’imaginaire sur d’autres productions humaines, par rapport à la cohérence heuristique, embrassent aussi la définition d’un symbole comme sens vécu, c’est-à-dire le résultat d’une condition d’événement accomplie. Ne constituant pas une propriété empirique stable, le symbolique ne se laisse pas appréhender par les méthodologies centrées sur le travail rationnel sur les données. Il est conclu par la nécessaire soumission initiatique du chercheur au symbolisme comme exigence d’entreprendre des recherches sur l’imaginaire, partant d’une conception de la science qui rompt avec la pensée disjonctive cartésienne et propose un regard plus complexe sur les phénomènes de l’imaginaire.
CONTRERA, M. S.; BARROS, A. T. M. P. . Études de l’imaginaire – l’initiation en tant que méthode. SOCIÉTÉS (PARIS), v. 142, p. 129-140, 2018
Exposição de Crianças à Mídia eletrônica e Processos Miméticos
Palavras-chave: Criança. Mídia eletrônica. Mimese.
Resumo: Este texto reflete sobre o fenômeno humano da mimese. Observa-se que o incentivo ao uso de aparatos tecnológicos por meio de estratégias estéticas e mercadológicas caminhou com a produção de conteúdos específicos produzidos que induzem ao consumo de bens e serviços especialmente voltados para o público infantil. Concluise que há questões a serem consideradas pelos agentes sociais acerca do uso desmedido e não monitorado dos aparatos eletrônicos pelas crianças. A fundamentação teórica considera a contribuição de Christoph Wulf, Vilém Flusser e Norval Baitello Jr., entre outros.
CONTRERA, Malena Segura; SCHIAVO, Sueli Ferreira. Revista Comunicação & Inovação. v.18. n.38. Ano: 2017.
Imaginário e Contágio Psíquico
Imaginário; Contágio psíquico; Empatia; Mimese.
O objetivo deste artigo é refletir, a partir de fatos relatados pela mídia, a questão do contágio psíquico (possessões coletivas), bem como relaciona-lo com os estudos do imaginário, compreendendo como os processos de empatia e mimese facilitam tais contágios e os quadros de possessão coletiva. Dessa forma, este artigo conclui que o contágio psíquico (possessões coletivas) são ações de conteúdos imaginários, os quais emergem do Inconsciente Coletivo, em momentos de forte comoção e afetação geral. O artigo tem como metodologia a coleta de dados e revisão bibliográfica, tendo como principais referenciais teóricos Carl G. Jung, Edgar Morin, Christoph Wulf, James Hillman, Frans de Waal, Rafael Lopez-Pedraza e Norval Baitello Júnior.
Artigo publicado em coautoria com Leonardo Torres em: Revista Intexto, n. 40, set./dez. 2017.
Imagens Endógenas e Imaginação Simbólica
Palavras-chave: imagem simbólica; imaginário; imaginação; energia psíquica.
Resumo: O presente artigo trata do caráter endógeno da imagem, propondo que se considere as diferenças existentes entre imagem técnica e imagem simbólica e relacionando esta última aos processos do imaginário e da imaginação. Para além do interesse de propor uma classificação da imagem, o que se afigura claramente como um projeto inglório, o objetivo da reflexão é chamar a atenção para a dimensão imaginária presente na imagem simbólica, compreendendo imagem como agente de alteração no campo da energia psíquica. Valendo-se dos estudos da imagem realizados por Hans Belting, E. Morin, G. Durand, C. G. Jung, J. Hillman e demais autores que se debruçaram sobre o tema da imagem simbólica e da imaginação, a presente reflexão, ainda que seja um pequeno passo frente a um longo caminho que se insinua, representa a intenção de propor uma abordagem teórica que considere a integração entre os temas da imagem, do imaginário e da imaginação.
Imagens Endógenas e Imaginação Simbólica. Revista FAMECOS, vol. 23 no. 1, 2016.
A Imagem Simbólica na Contemporaneidade
Palavras-chave Imagem simbólica. Sociedade mediática. Psique. Imaginação.
Resumo O texto trata do atual estatuto da imagem simbólica na contemporaneidade, considerando o contexto da sociedade mediática e o apagamento das vivências corporais concretas. Questionando-se a respeito de qual a imagem que uma psique que dissociou o corpo pode gerar, a reflexão segue tratando do domínio do diabólico sobre o simbólico e apontando alguns sintomas dessa perda do sentido. Propõe ainda a possibilidade do resgate da imaginação criativa como estratégia de resiliência e de reintrodução do simbólico no mundo contemporâneo.
A Imagem Simbólica na Contemporaneidade. Revista Intexto, no. 34, set-dez de 2015.
Zumbis, Vampiros e Seres da Cultura Mediática
Palavras-chave: Comunicação; Cultura; Dietmar Kamper; Imaginário; Zumbis; Vampiros
Resumo:1 O texto, apresentado no V Congresso Internacional de Comunicação e Cultura – CoMcult, realizado na Faculdade Cásper Líbero, nos dias 11, 12 e 13 de novembro de 2015, dialoga com a pergunta “O que custa o virtual?”, tema do congresso que homenageou a memória e a obra de Dietmar Kamper (1936-2001). Destaca a promessa salvacionista presente nos discursos teóricos sobre o virtual e problematiza o atual estado hipnógeno de consciência do homem representado, no imaginário, pelas figuras cambaleantes e sem foco dos zumbis e dos vampiros.
Zumbis, Vampiros e Seres da Cultura Mediática. Revista Líbero, no. 36, julho-dezembro de 2015.
A Imagem Midiática dos Padrões Estéticos nos Fenômenos de Adultescência e Infantescência
Palavras-chave: Padrões estéticos. Imagem. Publicidade. Consumo.
Resumo: Este artigo tem como finalidade discutir a imagem midiática dos padrões estéticos, atribuída aos meios de comunicação, em especial, à publicidade, muito explorada na contemporaneidade, que consumimos vorazmente todos os dias. Trata-se do padrão estético infanto-juvenil, glamourizado no discurso e nas estratégias publicitárias, que atingem as faixas etárias, no intuito de expandir as fronteiras do consumo. Neste sentido, diversas produções publicitárias e diferentes produtos visuais, como é o caso de catálogos, folhetos, flyers e outdoors em que a imagem é construída intencionalmente como produto de consumo, recaem nos fenômenos adultescentes e infantescentes. Muitos são os produtos e marcas, a exemplo da Hering e Lilica &Tigor, aqui selecionadas para este estudo, que condicionam os apelos à glamourização da juventude, respondendo aos anseios do capital. Tais fenômenos em muito contribuem para as características da sociedade de consumo, em que tudo vira mercadoria, na tentativa de construir significados associados aos jovens, numa espécie de cultura juvenil, para que estes se tornem a expressão de valor e o estilo de vida aceito na contemporaneidade.
A imagem midiática dos padrões estéticos nos fenômenos de adultescência e infantescência, com Carlos Henrique Aiello. Revista Tríade, vol. 3 no. 5 de 2015.
Boneca Não Fala – o silêncio mimético na sociedade midiática
Palavras-chave: Barbiezação da Mulher; Tutoriais na Internet; Kota Koti; Imaginário Mediático; Mimese.
Resumo: O artigo trata do fenômeno que designamos por barbiezação da mulher, analisando o caso da adolescente americana Dakota Rose, conhecida como Kota Koti, que realiza tutoriais na internet ensinando suas seguidoras a como se parecerem com a boneca Barbie. Após uma pequena contextualização da história da boneca Barbie e de sua repercussão na sociedade mediática e de consumo, apresentamos a atuação de Kota Koti em seus tutoriais na internet e propomos uma reflexão acerca das práticas miméticas, da estética e do imaginário que essa atuação abriga e que repercute na multidão de seguidoras de seu trabalho. O enfoque teórico do artigo vale-se dos estudos da Teoria da Imagem e do Imaginário, bem como dos estudos contemporâneos sobre os fenômenos mediáticos e suas relações com as práticas miméticas.
Boneca Não Fala – o silêncio mimético na sociedade midiática, com Cristiane Zovin. Revista Interin, vol. 18, no. 2, 2014.
Shrek: mimese, consumo e/ou aprendizagem?
Palavras-chave: mimese; mídias; Shrek; imaginário.
Resumo: O artigo investiga a repercussão da personagem de animação Shrek, considerando sua natureza imaginária e as relações que os meios de comunicação estabelecem entre imaginário e consumo. Pensando no processo de espelhamento e na centralidade dos processos miméticos para a constituição da identidade social, o artigo busca investigar não apenas a repercussão da personagem Shrek, mas também possíveis efeitos que o tratamento dado à personagem possa ter, como o hiperconsumo e a infantilização.
Shrek : mimese, consumo e/ou aprendizagem?, com Ivan Fortunato – Revista Galáxia, número 26, 2013.
O simbólico e o ciberespaço: O papel do imaginário na experiência cibernética da cidade.
Palavras-Chave: Ciberespaço; espaço; lugar; imaginação simbólica; anima mundi.
Resumo: O presente artigo problematiza a noção de ciberespaço enquanto lócus ocupado pelo social a partir da consideração dos aspectos imaginários e simbólicos presentes na atribuição de valores tradicionalmente associados à concepção de espaço ou, mais notadamente, ao conceito a ele vinculado de lugar. Trata-se de uma reflexão teórica que aproxima pensadores da cibercultura (Francisco Rüdiger, André Lemos) a autores das áreas da psicologia cultural (James Hillman), da etnologia (Marc Augé), da geografia humana (Yi-Fu Tuan) e da história das religiões (Mircea Eliade).
SILVA, Mauricio Ribeiro; CONTRERA, Malena Segura. O simbólico e o ciberespaço: O papel do imaginário na experiência cibernética da cidade.. Revista ECO-Pós, [S.l.], v. 16, n. 3, p. 98-112, fev. 2014. ISSN 2175-8689. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/article/view/834>. doi:https://doi.org/10.29146/eco-pos.v16i3.834.
EMOÇÃO E IMAGINAÇÃO Diferentes vínculos, diferentes imaginários
Os estudos relativos às teorias da Comunicação e da Mídia só há poucos anos têm dado a devida atenção às questões relativas ao vínculo. Ainda hoje, a maior parte dos trabalhos que esbarram nesse tema se restringe a igualar o vínculo a “conexões tecnoinstrumentais”. Na melhor das hipóteses, vemos serem consideradas apenas as dimensões sociais e políticas das relações comunicativas, enquanto sua natureza imaginária, afetiva, emocional e até mesmo religiosa é tacitamente ignorada . Isso quando sabemos que há pouquíssima racionalidade na natureza e no comportamento do “público” dos meios de massa, ou ainda no fenômeno da enorme adesão atual às redes sociais virtuais, o que inclui o estrondoso crescimento das tele-religiões.
CONTRERA, Malena Segura.EMOÇÃO E IMAGINAÇÃO Diferentes vínculos, diferentes imaginários. Revista de Comunicação, Cultura e Teoria da Mídia issn 1679-9100. n. 18. São Paulo: outubro/2012.
Violência, Medo e Imagem
Palavras-chaves: imagem, medo, violência, sociedade midiática
Resumo: O artigo apresenta o podemos designar por uma certa violência presente na natureza humana, evidenciando que, frente a essa “violência constitutiva”, o homem é um ser medroso por excelência. Propõe que uma das principais formas através das quais a nossa civilização procurou elaborar esse medo foi a da proliferação e absolutização das imagens visuais. Relacionando o medo à imagem, propõe que a imagem tem uma natureza contra-fóbica e que, em se tratando das imagens visuais, essa questão se amplifica. As estratégias de visibilização da sociedade midiática, nesse caso, seriam tentativas de elaboração do medo atávico, mantendo seu caráter mágico-simbólico preservado, ainda que hoje possamos contar com outros processos cognitivos para lidar com essa questão.
Violência, Medo e Imagem – Revista Ghrebh-, número 13, 2012.
A Dissolução do Outro na Comunicação Contemporânea
Palavras-chave: alteridade, cultura da imagem, tecnologia, media eletrônica
RESUMO A partir de alguns diagnósticos da cultura e da comunicação contemporâneas, sugerimos que se torna perceptível uma crescente dissolução da alteridade nas mediações, provocada pelos chamados novos media, construídos a partir de plataformas tecnológicas cada vez mais distantes da corporeidade e seus requisitos. As experiências de encantamento se transferem do sentido para os aparatos, dissolvendo a temporalidade presente e a percepção de si mesmo em favor de suportes ou imagens geradas por ou para tais suportes tecnológicos. A tecnologia torna-se autônoma, gerando em torno de si sujeitos e objetos hipnógenos.
A Dissolução do Outro na Comunicação Contemporânea, com Norval Baitello Junior – Revista Matrizes, Ano 4, Número 1, 2010.
Do Lado de Fora do Jardim Encantado: comunicação e desencantamento do mundo
Palavras-chave: Desencantamento do mundo. Mídia. Incomunicação.
Resumo: O presente artigo se propõe a resgatar o sentido comum presente nos termos comunicação e comunhão, analisando as origens desses dois processos em busca de sua raiz comum e da discussão acerca das condições sócio-culturais que promoveram, em determinado momento de nossa história, uma dissociação entre esses dois processos, dissociação essa a partir da qual o sentido de comunicação se transformou radicalmente, favorecendo a imposição de uma visão meramente funcional e utilitarista sobre comunicação.
Do lado de fora do jardim encantado: comunicação e desencantamento do mundo – Revista E-Compós, número 12, 2009.
Vertigem Mediática nos Megaeventos Musicais
Palavras-chave: Processos mediáticos. Megaeventos musicais. Vertigem. Cultura juvenil.
Resumo: O artigo propõe uma reflexão sobre a presença do amplo aparato mediático que promove a vertigem presente nos megaeventos musicais. Esse aparato mediático gera uma profusão de imagens visuais e auditivas fragmentadas e em constante e intenso movimento, caracterizando uma ambiência própria dos megaeventos. O texto se ocupa de compreender melhor a natureza “mega” desses eventos próprios da cultura urbana, bem como a enorme sedução que esse caráter superlativo exerce no público jovem que vai à busca exatamente dessa concentração massiva de pessoas em um mesmo espaço e dos excessos característicos dessa situação social.
Vertigem Mediática nos Megaeventos Musicais, com Marcela Moro – Revista E-Compós, número 11, 2008.
Sobre a Ponte Inexistente
Ghrebh- Revista de Comunicação, Cultura e Teoria da Mídia. n.10. São Paulo, Junho de 2007.
Na selva das imagens: Algumas contribuições para uma teoria da imagem na esfera das ciências da comunicação
Palavras-Chave: Teoria da imagem; Ciências da comunicação.
Resumo: O número de autores e obras que se dedicam à compreensão dos fenômenos relacionados com a visualidade e sua exacerbação nas últimas décadas do século XX tem crescido e consequentemente vem se acirrando a polêmica em tomo deste campo de saber. As contribuições da neurologia, da psicologia, das ciências sociais e das ciências da linguagem sobre o tema têm se mostrado imprescindíveis para uma maior compreensão dos significados e dos usos da imagem para o campo da comunicação. Alguns desses aportes são tratados aqui, notadamente aqueles que transitam pelas áreas da teoria da cultura em suas interfaces com as ciências da comunicação; dentre eles, autores como A. Damásio, B. Cyrulnik, E. Morin, D. Linke e H. Belting recebem atenção privilegiada por transporem as fronteiras da monodisciplinaridade, oferecendo perspectivas mais complexas e processuais para o estudo da imagem no campo da comunicação, fugindo das tipologizações classificatórias.
BAITELLO JR., N. e CONTRERA, M. S. “Na selva das imagens – contribuições para uma arqueologia da imagem”, in Revista Significação, vol. 33, n. 25, São Paulo: USP, 2006. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/65623>
Ontem, Hoje e Amanhã – sobre os rituais midiáticos
Palavras-chave: Mídia; Ritual; Teleparticipação.
A presente reflexão trata da sobrevivência de elementos do ritual primitivo na Comunicação e na Mídia contemporâneas. Se por um lado, o espaço midiático é o novo locus social contemporâneo, e dai compreende-se que conteúdos da cultura tais como as práticas rituais também se tornem presentes no espaço da mídia, por outro lado, a própria esfera midiática se viabiliza e legitima a partir do uso recorrente desses elementos do ritual. Neste sentido, podemos identificar o processo de retroalimentação entre os imaginários cultural e midiático, reafirmando a estreita relação entre ritual, vinculação social do grupo e comunicação social.Tentamos compreender a busca de um reencantamento, ainda que simulado, operado pela sociedade contemporânea pós-industrial por meio das práticas midiáticas.
Ontem, Hoje e Amanhã – sobre os rituais midiáticos – Revista Famecos, número 28, 2005.
Os Monstros da/na Mídia
Palavras‐chave: Monstros; Mídia; Cultura; Imaginário Cultural
Resumo: O texto propõe uma reflexão sobre a importância e a significação das imagens de monstros que povoam a mídia contemporânea. Trata de quatro tipos gerais de híbridos, os monstros homem/animal, homem/demônio, homem/máquina e homem/imagem.
Os monstros da/na Mídia – Revista Ghrebh-, número 5, 2004.
Jornalismo e Mídia – paranóia e crise das competências simbólicas
Palavras-chave: Jornalismo; Mídia; Competências Simbólicas
Resumo: Quando os estudos da área de comunicação declaram que o real está morto e foi substituído pelo simulacro, e quando a sociedade festeja essa substituição através do consumo imagético, sem se perguntar pelas consequências dessa operação histórica que aponta para a falência das capacidades simbólicas e da representação (trocadas pela ilusão do hiper-real), como entender a função e o fazer jornalístico? A informação vira pretexto para as sociabilidades periféricas e efêmeras da estética do cotidiano, e estas se tecem a partir de uma mega-operação de mostragem. Nesse cenário, perguntamo-nos: como ficam os discursos jornalísticos que se dizem comprometidos com o real, ou, melhor dizendo, com os consensos e dissensos sociais? Devorado pelo próprio universo midiático, o Jornalismo dissolve-se numa crise de vocação. É então que temos a própria mídia (sua ideologia, economia, suas tecnologias, seus recursos e obsessões, etc.), ocupando o lugar deixado pelo discurso jornalístico, numa operação simbólica na qual não só o meio é a mensagem, como o meio é a única mensagem possível.
Jornalismo e Mídia – paranoia e crise das competências simbólicas – Revista Ghrebh-, número 1, 2002.
Os Meios da Incomunicação
Resumo: “Os Meios da Incomunicação” foi o tema do ciclo Semiótica e Cinema promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil e organizado pelo Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia – CISC, realizado em São Paulo, em novembro de 2001. A presente coletânea é constituída de trabalhos que dialogam com os filmes exibidos no ciclo, revelando diferentes manifestações da incomunicação.
CONTRERA, M. S.; BAITELLO JÚNIOR, Norval (Org.) ; MENEZES, José Eugenio de O (Org.) . Os meios da incomunicação. 1. ed. São Paulo: Ed. Annablume, 2005. v. 1. 128p .
Mediosfera – Meios, imaginários e desencantamento do mundo
A segunda edição Mediosfera – Meios, imaginários e desencantamento do mundo, de Malena Contrera é o primeiro título publicado pela editora Imaginalis, dentro da Série Hermas. A obra postula a existência da mediosfera, uma espécie de degradação da noosfera, constituída a partir do uso midiático das imagens. A noosfera é um conceito introduzido por Teilhard de Chardin para designar a esfera do pensamento humano concebido como um novo órgão de consciência, e retomado por Edgar Morin. A mediosfera, por seu lado, é promotora de um imaginário separado da existência concreta do mundo em função de sua mercantilização, redundando no desencantamento do mundo.
Publicidade e Cia.
comunicação; publicidade
Este livro, resultado do debate promovido por pesquisadores da área da Comunicação – dentre eles alguns publicitários -, apresenta uma diversidade de opiniões decorrente da história profissional de cada um dos participantes. Priorizando a publicidade como foco, os autores analisam a relação desta com o consumo e as expectativas do cliente, com a produção e recepção na comunicação publicitária, o corpo, a arte, a imagem e o mito. Essa diversidade enriquece a discussão, uma vez que os temas são desenvolvidos de forma a estabelecer um concerto de vozes que ora se complementam, ora realizam um debate indireto, respeitando a certeza, que partilhamos, de que é na diversidade de opiniões e na multiplicidade de olhares que se constrói qualquer pensamento significativo.
CONTRERA, M. S.; BAITELLO JÚNIOR, Norval (Org.) ; RIZZO, E. (Org.) ; MORENO, C. (Org.) ; IASBECK, L. C. A. (Org.) ; OUTROS, (Org.) . Publicidade e Cia.. São Paulo: Thomsom-Pioneira, 2003. v. 1.
Mídia e Pânico: saturação da informação, violência e crise cultural na mídia
Palavras-chave: Meios de Comunicação; Violência.
Resumo: Esta obra se dedica a refletir sobre a mídia e sua crescente relevância para as sociedades contemporâneas, a partir das relações que esta estabelece com o que a autora sinaliza como o fenômeno do pânico. O pânico é entendido na obra como sendo um quadro midiático específico que, tendo raízes na cultura (e nas sombras civilizatórias), pode ser identificado pela recorrência aos seguintes temas ligados ao núcleo mítico do deus Pan – o uso restritivo da imagem e sua espetacularização, a saturação informativa, a crescente virtualização do corpo na comunicação e a presença marcante da violência na mídia. Propondo que as formas de exercer a mediação sejam repensadas pelos meios de comunicação sociais contemporâneos, este trabalho chama a atenção para o que se poderia definir como uma crise cultural e midiática de enormes proporções.
Mídia e Pânico: saturação da informação, violência e crise cultural na mídia. São Paulo: Annablume, Fapesp, 2002.
O Mito na Mídia – a presença de conteúdos arcaicos nos meios de comunicação
Palavras-chave: Comunicação de massa; Cultura; Mito.
Resumo: Este ensaio de Malena Contrera vai recortar dos meios de comunicação manifestações de estrutura mítica que se apresentavam já em culturas arcaicas. Detendo-se nos mitos astrológicos, a autora propõe vários pontos de encontro (dos temas aos procedimentos adotados) entre mitos e mídias.
O Mito na Mídia: a presença de conteúdos arcaicos nos meios de comunicação. São Paulo: Annablume, 1996.
Estudos do Imaginário: a iniciação como método
Este artigo procura refletir sobre as dificuldades metodológicas impostas ao pesquisador que tirar consequências profundas de uma pesquisa sobre o imaginário. Postula-se que, na esteira de Gilbert Durand, os estudos que pressupõem a precedência do imaginário sobre outras produções humanas, de modo heuristicamente coerente, também abraçam a definição de um símbolo como sentido vivido, isto é, o resultado de uma condição de realização. Por não constituir uma propriedade empírica e estável, o simbólico não pode ser apreendido pelas metodologias centradas no trabalho racional sobre os dados. Conclui-se pela necessária submissão iniciática do iniciador ao simbolismo como requisito para realizar pesquisas sobre o imaginário, partindo de uma concepção de ciência que rompe com o pensamento disjuntivo cartesiano e propõe uma visão complexa dos fenômenos do imaginário.
Simpatia e Empatia – Mediosfera e Noosfera
empatia; simpatia; noosfera; mediosfera
Este livro, é fruto de três décadas de amizade, intercâmbio e cooperação entre Norval Baitello Junior e Christoph Wulf, dois curadores e seus centros de pesquisas, em São Paulo e em Berlim. O livro trata do papel e da dinâmica das imagens endógenas (internas), sua capacidade de subverter os ditados da excessiva e invasiva visibilidade a que nos submetem as avalanches de imagens exógenas (externas) e suas maquinas de construir imagens, cada vez mais rápidas e cada vez mais onipresentes e barateadas. O livro também trata da teoria das imagens à partir do pressuposto lançado por Aby Warburg há quase um século, de que elas são uma ‘fórmula de pathos’, portanto, um dínamo gerador de movimentos internos. As questões daí decorrentes são tantas e tão intrigantes que as fronteiras disciplinares tradicionais jamais dariam conta de compreender o complexo engendrado pelas emoções na imaginação e pela imaginação nas emoções. Aqui, levamos em conta a sensorialidade total do ser humano como produtora de imagens e, de certo modo, postulamos que as imagens são o outro do corpo, assim como foi um dia a razão e ainda anteriormente a alma. Elas ocupam hoje, portanto, o lugar privilegiado de espelhamento, como projeção e como inversão, assim como todos os espelhos, de nossa base vital.
CONTRERA, M. S.. Simpatia e Empatia – Mediosfera e Noosfera. In: Norval Baitello Jr.; Christoph Wulf. (Org.). Emoção e Imaginação – Os sentidos e as imagens em movimento. 1a.ed.São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2014, v. 1, p. 141-150.
Imaginário Religioso na Mídia Eletrônica
Palavras-Chave: Teorias da Imagem. Teorias do Imaginário. Imagem, Imaginário e Comunicação. Imagem, Imaginário e Cinema. Imagem, Imaginário e Cultura. Imagem, Imaginário e Mídia. Imagem, Imaginário e Moda. Imagem, Imaginário e Religiosidade. Mitologia.
CONTRERA, M.; MIKLOS, J. Capítulo 11 – Imaginário Religioso na Mídia Eletrônica, do livro Teorias da Imagem e do Imaginário. Organização de Denize Correa Araujo e Malena Segura Contrera (Orgs.). Compós, 2014.
Mimese e Mídia: Novas formas de mimese ou uma consciência hipnógena
Palavras-chave: História; Comunicação Social; Comunicação e cultura; Mídia.
CISC 20 anos : comunicação, cultura e mídia / Diogo Andrade Bornhausen, Jorge Miklos, Mauricio Ribeiro da Silva, organizadores. — São José do Rio Preto, SP : Bluecom Comunicação, 2012.
O Titanismo na Comunicação e na Cultura: os maiores e os melhores do mundo
Resumo: O texto trata do fenômeno do titanismo na cultura e na comunicação humanas, a partir de uma grade teórica múltipla, apontando para as origens primitivas desse titanismo e refletindo sobre suas principais formas de atuação contemporâneas: a megalomania e os excessos, a ausência de limites e parâmetros organizacionais, a aceleração imposta ao ritmo comunicacional pelos novos meios tecnológicos, etc. Trata também de algumas conseqüências desse quadro titânico: a incompetência simbólica e a crise do real, a iconofagia, a falência dos vínculos comunicativos e a inversão do papel social dos meios.
O Titanismo na Comunicação e na Cultura – capítulo de livro publicado originalmente no livro: Mídia.BR – Livro da XII Compós. Sulina: Porto Alegre, 2003.